Felipe Cândido Silva, aluno do Ensino Médio da Escola Professor Souza
da Silveira, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro, foi premiado
no Concurso de Redação Folha Dirigida 2009. Felipe escreveu sobre o
racismo no Brasil.
Confira:
Programa de reflexões e debates para a Consciência Negra
Por Felipe Cândido da Silva
Todos sabemos que no mundo há grandes diferenças entre pessoas e
que, por estupidez e ignorância, cria-se o preconceito, que gera muitos
conflitos e desentendimentos, afetando muita gente. Porém, onde estão
os Direitos Humanos que dizem que todos são iguais, se há tanta
desigualdade no mundo?
Manchetes de jornais relatam: “Homem negro sofre racismo em
loja”; “Mulheres recebem salários mais baixos que os homens”; “Rapaz
homossexual é espancando na rua”; “Jovens de classe alta colocam fogo em
mendigo”; “Hospitais públicos em condições precárias não conseguem
atender pacientes”; “Ônibus não param para idosos”. “Escola em mau
estado é interditada e alunos ficam sem aula”; e muitas outras
barbaridades. Isso mostra que os governantes não estão fazendo a sua
parte.
Mas pequenos gestos do dia a dia – como preferir descer do ônibus
quando um negro entra nele; sentar no lugar de idosos, gestantes e
deficientes físicos, humilhar uma pessoa por sua religião, opção sexual
ou por terem profissões mais humildes – mostram que também precisamos
mudar.
A questão da etnia vem sendo discutida no mundo todo, inclusive
no Brasil, que é um país mestiço, onde ocorre a mistura, principalmente,
de negros, brancos e índios. Por mais que se diga que todas as pessoas
são iguais, independente da cor de sua pele, o racismo continua
existindo. Músicas, brincadeiras, piadas e outras formas são usadas para
discriminar os negros. Até mesmo a violência se faz presente, sem
nenhum motivo lógico.
As escolas fazem sua parte criando disciplinas que mostram a
importância que cada cultura tem para a cultura geral do país. E
educando as crianças para que não cometam os mesmos erros dos mais
velhos, pois preconceito se aprende, ninguém nasce com ele.
Enfim, cada pessoa pode fazer a sua parte, acabando com qualquer
tipo de discriminação que existe, com qualquer tipo de preconceito que
sente, percebendo que todos nós somos iguais, independente de raça,
credo, idade, condição social ou opção sexual. Esse é o primeiro passo
para que cada um respeite os direitos dos outros. O direito de um acaba
quando começa o do outro. E com a população conhecendo seus direitos e
praticando seus deveres ela fica mais unida. E a voz que grita para que
os direitos humanos sejam exercidos soará bem mais alta, pois já diz o
ditado: “A união faz a força”.
Maravilha!!Texto supimpa e pertinente para a tomada de consciência daqueles que insistem em dizer que são diferentes dos outros por credo, raça, finanças, opção sexual, esteticismo… Parabéns!
ResponderExcluir